Anualmente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza gratuitamente a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), onde são analisados as condições de vida da população brasileira em diferentes aspectos: demográficos, famílias e domicílios, educação, trabalho, padrão de vida e distribuição de renda, assim como, saúde.
Os idosos possuem um capítulo especial na SIS, uma vez que o envelhecimento da população, caracterizado pelo aumento da proporção de idosos em relação à população total, é um fenômeno já bastante evidente em países desenvolvidos, e uma vez que esse fenômeno ocorre de forma acelerada no Brasil, merece importância na agenda de políticas sociais.
Grande parte das questões que emergem com o envelhecimento populacional estão relacionadas ao mercado de trabalho, à previdência social, bem como ao sistema de saúde e de assistência social.
Entre 2001 a 2011, o crescimento do número de idosos de 60 anos ou mais de idade, em termos absolutos, foi marcante: passou de 15,5 milhões de pessoas para 23,5 milhões de pessoas, fazendo com que a participação relativa deste grupo na estrutura etária populacional aumentasse de 9,0% para 12,1% no período. O número de “idosos mais idosos” também tem aumentado, assim a participação do grupo com 80 anos ou mais de idade chegou a 1,7% da população em 2011, correspondendo a pouco mais de 3 milhões de indivíduos.
Na Síntese de Indicadores Sociais -2013, referente ao ano de 2012, foram destacados pontos importantes relacionados ao envelhecimento populacional: previdência social e mercado de trabalho.
Segundo o IBGE, para o grupo de pessoas de 60 anos ou mais de idade, 23,7% não recebiam aposentadoria ou pensão, enquanto 7,8% acumulavam aposentadoria e pensão.
A proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade que acumulavam simultaneamente aposentadoria era de 2,8% entre os homens e 11,7% entre as mulheres idosas.
Pode-se supor que a elevada proporção de idosos, desta faixa etária, que não recebiam aposentadoria ou pensão deve estar relacionada à inserção e ou permanência no mercado de trabalho, já que a taxa de ocupação, ou seja, idosos que trabalham foi de 27,1%, sendo que 15,3% das pessoas eram ocupadas e aposentadas, e o tempo médio semanal dos idosos dedicado ao trabalho foi de 34,7 horas.